A beta-oxidação é a degradação oxidativa dos ácidos graxos. Os ácidos graxos são formados por uma extremidade terminal carboxila(polar) e uma cadeia carbônica longa(apolar), predominando a característica apolar da molécula. Eles são adquiridos do grupo de lipídeos chamados de triglicerídeos, formados por ácidos graxos mais glicerol.
As enzimas encarregadas para a degradação oxidativa dos ácidos graxos estão presentes na matriz mitocondrial. Todavia, para a energia presente nos hidrocarbonetos deles chegarem na matriz, a parte mais interna da mitocôndria, eles precisarão ser ativados e transportados primeiramente. Serão necessárias uma série de reações enzimáticas, os quais tem como finalidade o transporte de acil-CoA graxo que será o ponto de partida para o ciclo da beta-oxidação.
Com o acil-CoA graxo na matriz iniciam-se os ciclos que só terminarão com a degradação de toda molécula. Cada ciclo é composto por quatro passos que removerão 2 átomos de carbono para formação de acetil-CoA que seguirá para o ciclo de Krebs. Para o parmitoil-CoA (C16) podemos analisar sua beta-oxidação na imagem abaixo. As quatro etapas podem ser sintetizadas como: oxidação; hidratação; oxidação; e tiólise. Logo, para uma cadeia com 16 carbonos, em que cada ciclo saem 2 carbonos, serão necessários 7 ciclos, produzindo-se 7FADH2, 7NADH2 e 8 acetil-CoA que resulta em 131 ATP's. Em uma cadeia ímpar, a beta-oxidação produz procionil-CoA que é convertido a succinil-CoA, o qual seguirá também para o ciclo de Krebs.
Figura 1 : Quatro etapas da beta-oxidação. Suas liberações de FADH e NADH interferem na produção energética na cadeia transportadora.
Figura 2 : Completa degradação do ácido graxo e sua interferência no ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons.
Esse processo é intensificado quando há a diminuição da disponibilidade de carboidratos no corpo, sendo uma segunda via para fornecimento de energia para os tecidos, como o muscular. A última opção são utilizadas as proteínas, o qual são importantes para estruturação do corpo.
Figura 2 : Completa degradação do ácido graxo e sua interferência no ciclo de Krebs e cadeia transportadora de elétrons.
Esse processo é intensificado quando há a diminuição da disponibilidade de carboidratos no corpo, sendo uma segunda via para fornecimento de energia para os tecidos, como o muscular. A última opção são utilizadas as proteínas, o qual são importantes para estruturação do corpo.
Uma curiosidade é a importância da beta-oxidação para ursos pardos que passam por longos períodos de hibernação. Eles, diferentemente de outras espécies hibernantes, mantém a temperatura entre 32 a 35 graus celsius. Então eles utilizam a degradação oxidativa do seu estoque corporal de gordura para gerar energia e manter a síntese eficaz de aminoácidos, proteínas e outras atividades que precisam de energia.
REFERÊNCIAS
http://www2.iq.usp.br/docente/henning/Disciplinas/Bioquimica%20QBQ230N/acidos_graxos.pdf
http://bioobesidade2011.blogspot.com.br/2011/07/beta-oxidacao-mais-um-pouco-de.html
Lehningher Princípios de Bioquímica. David L. Nelson, Michael M. Cox. Terceira Edição. Capítulo 17-Oxidacao de ácidos graxos
Postagem por: Fernanda Araújo
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